HelioNet doing America
Neste espaço você acompanha as notícias e as fotos sobre minha expedição científica ao Canadá e Estados Unidos em julho de 2006. Espero que goste do que vê.
(Here you will follow the news and pictures about my scientific expedition to Canada and USA on July, 2006. I hope you enjoy what you see!)
28 julho, 2006
Aqui está um calor infernal. Nessa foto eu queimei minha bussunda (que Deus o tenha) para fazer essa gracinha pra vocês. Aqui estava 108° Farenheit (sei lá quanto dá isso em Centígrados, mas tenho certeza que é muuuuuuuiiiiiito quente). Para se ter uma idéia, eu nunca senti calor igual ao que eu senti nesse dia em nenhum lugar do Brasil. Efeito estufa; bem feito para o Bush... quem mandou ele não assinar o Protocolo de Kioto?
Esses corredores têm um cheiro de arruda muito forte. Às vezes o segredo está aí: vamos plantar arruda nos campi de todas as universidades brasileiras para ter o sucesso que Stanford tem. Quem quiser ver mais fotos de Stanford, visite meu álbum de fotos no Terra porque eu tirei dezenas de fotos e não dá pra colocar todas aqui... (o link para ver o álbum do Terra é esse: http://fotos.terra.com.br/album.cgi/*helio.lemes

Olha só o que esse cara-de-pau fez. O campus estava meio vazio por causa das férias escolares de julho; então eu fiquei na porta (que estava trancada por dentro) do Willian Gates Building e, quando Um carinha estava saindo, eu fiz aquela cara de quem é professor e aproveitei para sorrateiramente no prédio dos pesquisadores em Ciência da Computação de Stanford. Mas eu não me contentei só em entrar... Eu invadi subrepticiamente a sala de reuniões do prédio e tirei essa foto com a maior cara de feliz das "entranhas do saber". Muito do que nós vamos usar no nosso dia-a-dia na área de tecnologia nos próximos 20 anos já foi discutido nesta sala. hehe... Falar o que mais?
Até que a entrada nos EUA não foi tão difícil quanto eu imaginava. Descontando a falta de educação habitual dos oficiais americanos... correu tudo bem. Cheguei a São Francisco, babando para pegar meu Dodge Magnum e... o carro tinha esgotado e a mocinha me ofereceu toda contente: "mas o senhor vai ganhar um upgrade pelo mesmo preço; vai levar um Dodgre Grand Caravan no lugar do Magnum e não vai precisar pagar a diferença". Não adiantou falar para ela que eu estou sozinho, que eu não quero dirigir uma banheira e que esse troço bebe mais do que eu. Estou curtindo um excesso de espaço e uma falta de tesão tremendos; mas eu não desisti não. Vou amanhã cedo no aeroporto de LA tentar trocar de carro.
Isso aqui é o coração de tudo. A Universidade de Stanford, em Palo Alto, pertinho de São Francisco e de São José tem milhares de virtudes, mas só pra dar um exemplo do que ocorreu aqui de importante, em um só prédio de laboratórios dessa universidade surgiram a SUN Microsystems, a Cisco e a Silicon Graphics. Três gigantes da área da computação que juntas valem uns 500 bilhões de dólares. E eu estive lá: "na barriga da besta". Esse momento para mim é histórico. Estar em Stanford para mim é como estar em Meca para um muçulmano ou no Monte das Oliveiras para um cristão.
Mais uma vez fui muito bem recebido em uma instituição canadense e desta vez foi o pessoal da Simon Fraser University. Meu contado na Universidade era Sacha Mann e ela foi gentilíssima: além de preparar minha agenda, ela foi me buscar e me trazer no hotel e ainda não me deixou rachar a conta dos almoços. O pessoal aqui é muito organizado: eu apenas passei minha disponibilida de para eles e eles prepararam minha agenda de visitas e entrevistas contendo todos os detalhes.
Para me despedir de Chinatown, obviamente, fui comer comida chinesa: Pato com Carne de Porco. O restaurante é um dos mais chiques que eles têm aqui (já dá para ter uma idéia do resto, né?) e tudo é escrito em Mandarin mesmo. Para fazer o pedido vc tem que "tentar" conversar com um dos atendentes para ele te explicar o que está no cardápio. Coloquei outra imagem abaixo que não tem nada a ver com o texto, mas é só para complementar o que eu disse.
Outras grandes descobertas paralelas à pesquisa científica são, por exemplo: como lavar e secar roupas em máquinas totalmente operadas com moedas. Tem uma máquina para vender o saquinho de sabão em pó, suficiente para uma lavagem, outra para lavar e outra para secar. Basta colocar a moedinha que tudo funciona perfeitamente. Mais fácil administrar a interface de um Sistema IBM 4381 do que saber como mexer com esse troço. Por 3 dólares você pode ter todos os seus 6 Kg de roupas lavados e secos (quase passados) em questão de duas horas.

Bem, depois de duas semanas no Canadá, eu já estava com saudades da comida brasileira, mas como o único restaurante brasileiro que tem em Vancouver (segundo me disseram) é uma churrascaria rodízio, eu achei meio pesado para poder jantar lá durante a semana. Então acabei indo no genérico: fui a uma adega portuguesa petiscar um camarãozinho. Eu queria um bolinho de bacalhau mas acabei desconbrindo que os portugueses que vão pra Vancouver são diferentes dos que vão para o Brasil, pois eles não fazerm bolinhos.
23 julho, 2006
Essa foi a melhor foto que já tirei até agora: do alto da Grouse Mountain se vê o topo dessa montanha que está nos Estados Unidos e faz parte do que os americanos chamam de Montanhas Rochosas, próximas de Seatle. Uma visão e tanto de uma natureza completamente diferente da nossa. É surpreendente e dá para perder o fôlego quando se vê essa imagem pela primeira vez.
Eu falei que tinha outras fotos de ursos para postar aqui... pois é... essa nem parece um urso, mas é. Acho que isso eh um tipo de tunning, hehe. Foi uma das mais criativas que vi. O urso Darth Vader é o mais "modificado" que vi até agora. Tem um site para quem quiser saber mais sobre o projeto: www.spiritbearsinthecity.com ("urso tunado", so faltava essa).
Aí estão as outras duas torres do Sheraton e o incansável pesquisador, exausto após um longo e cansativo dia de exploração científica acerca das questões que afligem a Indústria e a Academia brasileiras. Alguns de vocês, meus amigos que têm acompanhado este blog, têm deixado comentários anônimos para mim. Por favor, coloquem seus nomes no final para que eu saiba quem mandou o comentário, ok?
O congresso tem ótimas palestras, mas o melhor até agora foi o Banquete de Gala, realizado para premiar os melhores trabalhos apresentados no congresso. Imagina um banquete no padrão Sheraton... um luxo só. Tinha tanto talher na mesa que eu achei que era pra sentar de 2 em 2 em cada cadeira. Essa foto é só da Opening Reception, depois eu posto uma foto do banquete. Tem 1200 pessoas do mundo todo participando do congresso. Muitos brasileiros estão apresentando trabalhos aqui também.
Estou aproveitando que estou aqui para participar de um Congresso Mundial em Inteligência Computacional (WCCI) promovido pela IEEE, que está acontecendo no Sheraton Vancouver Wall Centre. Dá só uma sacada em uma das 3 torres do Sheraton. Acho que é o prédio mais bonito, moderno e elegante de Vancouver. São 3 torres de 40 andares. Um exagero.
21 julho, 2006
Esse aí é o ferry-boat que eu peguei para ir para Victoria....... brincadeira... isso é apenas um dos mega transatlânticos que ancoram todos os dias no porto de Vancouver, durante o verão. Tem dia que chegam 3 ou 4 navios como esse enchendo a cidade de mais milionários e trazendo mais divisas. Eu nunca tinha visto um assim tão de perto (dá vontade de pular lá dentro para ver como vivem os ricos). Aliás, fiquei com uma dúvida: nós estamos no oceano Pacífico, mesmo assim o navio se chama transatlãntico? Não seria mais apropriado transpacífico? Ou transoceânico?
20 julho, 2006
Essa combinação de mar e montanha é fantástica e lembra o Rio de Janeiro. Aqui é o único lugar do mundo em que se pode esquiar de manhã e jogar golf a tarde, pois a distância das pistas de esqui lá no alto da montanha até os campos de golf a beira mar é de 20 minutos. Repare que lá no fundo ainda tem um restinho de neve sobre a Brokeback Mountain. Amanhã eu vou até lá.
O Stanley Park é o segundo maior parque urbano do mundo (não sei qual é o primeiro) e é o orgulho dos moradores daqui. Tem trilhas para caminhada, piscinas públicas, parques infantis, quadras de esportes, área de picnic e o melhor... "de grátis". É uma das poucas diversões gratuitas na cidade, as demais são cobradas e algumas bem caras. Gostou da peruca de couve-flor que eu coloquei na cabeça? Se tivesse combinado para sair desse jeito a foto, não teria sido tão preciso.
Vancouver está toda em obras, vê-se guindastes por todos os lados. Um dos motivos é o rápido crescimento econômico vivenciado nos últimos 10 anos; o outro é que a cidade sediará as próximas Olimpíadas de Inverno, em 2010. Com certeza, um evento de grandes proporções para o qual a prefeitura vai investir 580 milhões de dólares em melhorias na cidade. Muitos estrangeiros aqui têm emprego certo na construção civil. Reparem que tem uma casinha cor de abóbora na marina, pois é, tem pessoas que moram ancoradas aqui. O aluguem de uma vaga na marina é mais barato que o de um apartamento nesta área nobre da cidade. Êta lugazinho mais ou menos.
Vi pela primeira vez uma igreja da Cientologia. Para quem não conhece é a religião da moda, pois o Tom Cruise e o John Travolta, dentre outras celebridades, são membros desta seita. Não encontrei nenhuma celebridade mas eles estão localizados em uma das esquinas mais caras de Vancouver (com certeza deve ser um negócio bem lucrativo).
O Cirque du Soleil está aqui apresentando o espetáculo Varekai, que passou na HBO recentemente. Eles não são desta região do Canadá, são de Quebec. Eu não fui assistir porque pretendo vê-los no Brasil, apesar do espetáculo ser diferente. Aqui eles não fazem tanto sucesso quanto fazem aí. Ainda tinha ingressos sendo vendidos na bilhetiria na hora do show. No Brasil, me parece que os ingressos já estão esgotados até novembro (confirmando a máxima que diz que santo de casa não faz milagre).

Esse é o pôr do sol que se via de dentro do ferry, às 10 da noite, no caminho de volta de Victoria para Vancouver. Um dos mais bonitos que já vi. As cores da foto não fazem justiça às cores da imagem original. Mas eu coloquei a foto assim mesmo para se ter uma noção de como o sol se põe tarde por aqui no verão. O povo fica pelas praças, praias e ruas até às 10, depois fecha tudo e some todo mundo. Ainda não achei a balada...

Essa foto eu acertei. No dia seguinte à visita à UVic e ao museu, eu fui visitar a Viatec (Vancouver Island Advanced Technology Centre) onde bati um papo com David Sovka sobre as mais de 1000 empresas de tecnologia que estão sediadas na ilha de Vancouver, que possui uma população muito pequena para tamanha atividade tecnológica e empreendedora (não se esqueça que é por isso que estou aqui, pesquisando, oras...).

19 julho, 2006
Estou tendo dificuldades em fazer upload das fotos no blog, provavelmente por causa de algum bug no Blogspot, entao meu amigo Lobao esta hospedando as imagens no site que ele fez para o Posto Lider (que tem o mais puro combustivel de toda a regiao) e eu estou fazendo um link para la. Bem, esse post eh para agradecer ao meu amigo pela ajuda, pois sem ela o blog estaria moribundo... Thanx!
Networking people is essential, when the computers cannot network... hehe...
18 julho, 2006






17 julho, 2006

15 julho, 2006



14 julho, 2006

Ai que saudade. Vi o outdoor da Brahma, mas ainda não vi a própria à venda em nenhum lugar. Acho que é propaganda enganosa. Também se achar, é capaz de não dar para comprar. Bem, vamos aos preços: garrafa de água mineral 500ml U$2,00 (no supermercado, porque se for geladinha no bar custa uns U$3,00), cafezinho U$2,00 (expresso U$3,00) e aqueles baldes de café que o americano toma custa uns U$5,00 no Starbucks. Ônibus: U$2,25, resumindo gasta-se por dia só com ônibus e água mineral (que são essenciais) uns R$50,00. Vida de turista pobre em país rico não é fácil não.

Mais uma prova do incansável trabalho deste pesquisador intrépido em sua incrível jornada através do Globo terrestre na busca pelo conhecimento científico ((( Extreme Science !!!!))) Uhuuu... E ainda tem gente que acha que isso aqui é passeio. Quem é que vai colocar terno no alto verão da ensolarada costa oeste da América, defronte ao Oceano Pacífico???

Bem... nem tudo é perfeito. Se vc olhar com atenção, vai encontrar um mendigo tirando um lazer na atração turística. Tem muito pedinte por aqui, igual tem em qualquer cidade grande. O mais triste são os drogados que vêm com aquelas caras de maluco te pedir uns trocados. Já fui abordado por uns 5. Será que tenho cara de rico? Vou colocar minha camisa da seleção brasileira para eles não incomodarem um humilde cidadão do terceiro mundo. Imagina... um latino americano ajudando um cidadão do primeiro mundo a comprar seu baseado (que foi traficado diretamente do Pará para Vancouver), hehe... viajei.

Vancouver: jardins perfeitamente conservados, arte e cultura por todos os lados, um ambiente totalmente multicultural com uma das comunidades mais abertas que eu já vi. Antes eu pensava que Londres era a cidade mais cosmopolita do mundo, agora estou mudando meus conceitos. Sem esquecer que apesar dos preços serem altos, pois tem muito milionário por aqui, o custo de vida nem se compara aos extratosféricos preços praticados em Roma, Londres, Paris, New York...

Aí vai um pouquinho da beleza de Vancouver. A cidade tem características parecidas com as do Rio de Janeiro, pois possui um visual natural exuberante, compondo mar e montanha, e ainda tem três vantagens: linda arquitetura, belos jardins muito bem cuidados e um dos mais baixos índices de violência urbana do mundo.
13 julho, 2006


Os piores obstáculos são que o acesso à Internet Wireless no hostel não funciona bem (por isso fiquei tanto tempo sem postar nada) e que, num raio de 4 quarteirões, do hostel ninguém fala inglês, assim fica difícil pedir informação quando eu quero pegar um ônibus, porque às vezes quando eu acho algum não-chinês pra me responder, eu já andei 1 km na direção errada, hehe...